domingo, 13 de dezembro de 2009
Fruto proibido
sábado, 15 de agosto de 2009
Não mais de Alguém, tão pouco de mim…
Afasto todas as vezes em que a “saudade” foi preconizada! Recuso-a! De entre todas, esta dói-me tanto.. não tenho mais mãos para agarrá-la, não tenho mais coração que a possa suportar. Não tenho mais de mim que não a saudade! Não há mais em mim que o vazio.
Um estranho vulto que julgo um dia ter-me pertencido, talvez se encontre… agora, nada identifico senão a confusão.
O mar está inconstante, sinto dificuldade em respirar..
Sinto o retrair dos olhos, o cravar das mãos, o precipitar daquela lágrima! Ao menos que ela te leve! Que me devolva de ti apenas o que de mim é. Não mais que isso.. traz-me o perfume, o toque, o olhar, o sorriso, as palavras. Traz-me, se ainda de mim, a presença!
Devolve-me a recordação, leva a saudade!
Se ela de mim não desistir, então leva-me também! Aqui, o “isto” que sou, um dia já foi sem saudade e ainda sem recordar. Hoje, a saudade obriga-me a recordar. Só isso ficou, só isso ainda tenho..
A amizade, se nas demais vezes comprada, tornar-se-ia mais nossa.
O amor, se roubado, ainda que de outrem, tornar-se-ia nosso!
Quanto à vida, alguma vez será só nossa?
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Estado: ainda por definir.. ao certo: FELICIDADE
terça-feira, 14 de abril de 2009
Nada de especial, apenas... FELICIDADE =)
segunda-feira, 2 de março de 2009
Capas negras de saudade....
Primavera de flores adormecida.
Qualquer coisa que não volta que voou,
Que foi um rio, um ar na tua vida.
E levas em ti guardado
O choro de uma balada,
Recordações de um passado,
O bater da velha cabra.
Capas negras de saudade,
No momento da partida.
Segredos desta cidade
Levo comigo para a vida.
Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E, no lento cerrar dos olhos teus,
Fica a esperança de um dia aqui voltar.
E levas em ti guardado
O choro de uma balada,
Recordações de um passado,
O bater da velha cabra.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
As palavras que (nunca) te direi e a (In)temporalidade das mesmas..
Por vezes questiono-me acerca do que é verdadeiramente importante, do que é que fazemos questão de dar primazia, de tornar relevante e porquê...
“Importância”...
Que palavra é esta que tanta vez nos inquieta, nos leva a fazer tantos juízos de valor e condiciona tantas das nossas decisões? O que faz delas, a importância, acertivas? A verdade é que por vezes aquilo que assumimos como importante, acaba por cair no esquecimento.
Afinal, o que é que separa a importância da indiferença? Como é que algo importante acaba por não nos dizer nada? Como é que hoje uma pessoa é tão importante e amanhã não faz mais parte de nós?
Como é que supostamente algo importante, não o é para todos e sempre?
Quantas vezes nos julgamos importantes e acabamos por sair derrotados? Quantas vezes somos diminuídos e nos suprimimos, sendo importantes? Qual o lugar da importância? Terá, então, tempo e lugar? Ou será, somente, mais uma palavra, sem grande importância aparente?
Não faço ideia da quantidade de palavras que proferimos num dia.. nem da importância que lhes damos.
Quantas vezes magoamos e somos magoados apenas com uma palavra? É esta a importância que uma palavra deve ter?
Como é que uma palavra, que uma vez é tão suficiente, pode acabar por não surtir qualquer tipo de efeito? Pode dizer tão pouco e transparecer sentimento nenhum? Que importância é, então, esta?
No que diz respeito a palavras, por vezes deixo-me ficar na indiferença, que eu tão pertinentemente considero importante.. admito que consumo quase viciada as conversas, retenho palavras, absorvo expressões. Intervenho silenciosamente.. nem sempre me faço ouvir, nem sempre me esforço.. mas sei que tenho a minha importância!
Hoje sei que muito ficou por dizer, muitas palavras foram ultrapassadas, muitas ficarão na inércia, na falta de coragem, no arrependimento, na falta de oportunidade, por opção ou impossibilidade..
Sei que já magoei e por vezes quem menos merecia ser magoado.. Nem sempre pedir desculpa implicou “desculpa” e nem sempre o pedi.. Não me orgulho disso, não compreendo algumas aitudes, desconheço quem muitas vezes fui..
Nem sempre disse “bom dia”, perguntei “como estás” ou que tinha saudades.. Nem tão pouco “gosto de ti”, “és importante”..
Nem sempre disse o que pensei nem admiti o que fiz e o que ficou por fazer e dizer. Acho que, em alguns momentos, julguei como importante o que na verdade era auxiliar, deixando de dar atenção ao que me fazia dar importância e sentir importante.
Nem sempre fui suficiente com palavras e nem por isso procurei sê-lo. Nem sempre espelhei sentimentos em palavras, nem sempre as empreguei ponderada e oportunamente.
Reconheço a multiplicidade de vezes em que faltaram as palavras.
Reconheço que foram muitas as vezes em que algo ficou por dizer e que mesmo o silêncio não dizia muito...
Hoje procuro nas palavras algumas respostas, porquês, momentos.. Tento diminuir a ausência das mesmas, imaginar o sorriso que teriam provocado, o olhar tão consciente e feliz.
Procuro nas palavras a saudade, o que vivi, o que poderia ter vivido e aquilo que me poderá tornar nostálgica. Identifico situações imensas, recordo algumas pessoas..
A Mãe, o Tozinho, Laidinha, o Zé, a Margarida, a Sónia e o Marcelo, o Couto, Kakira, Sofia e Bruno, Fátima, Diogo, o Filipe, a Inês, o João, o Pedro, André, Ruby, Marina, Hugo, Rita, o Pai e a Avó...
Faltam sempre palavras... Muitas vezes também alguém..
Importância?
domingo, 15 de fevereiro de 2009
E o amanhã? O que é para ti?
Há dias, perdida num dos desvaneios da vida, pensei no fim, no quanto nós, por vezes, pouco somos, no nada que muitas vezes transparecemos e resultamos. Então pensei.. E se simplesmente não houvesse mais amanhã? Não houvesse mais a possibilidade de adiarmos as decisões, adiarmos o momento e muitas das vezes, adiarmos a vida, acabando por viver o que o outro vive, vendo e experimentando o que os outros já nem lembram e menosprezam, aquilo que já não lhes traz mais surpresa ou excitação? E se não pudessemos sequer pensar em coisas tão banais como o “o que vestir amanhã”, se vamos à aula das 8h30 da manhã ou se vamos simplesmente ficar a dormir ou na preguiça o resto do dia, se comemos o gelado de morango ou de limão ou se nos decidimos pela contagem das calorias e desistimos do gelado....? E se não houver mais em que pensar?
Pensei com quem gostaria de partilhar os últimos momentos... Sorri.. Há tantas pessoas que me fazem feliz, que me fazem sorrir, que me fazem sentir tão especial.
Lembrei-me da minha família, do quão importantes são e da falta que me fariam, do vazio que provocariam na minha vida se não mais dela fizessem. Dói só de imaginar, só se colocar essa hipótese. Senti o coração retrair-se..
Recordei os amigos.. As pessoas que eu tanto admiro e amo, as pessoas que me fazem crescer e enriquecem todos os dias, que não se esquecem de mim e tornam-me orgulhosa pela amizade que nutrimos.
Realmente não consigo imaginar-me sem as “pessoas da minha vida”. Não ao ponto de dizer que a minha vida não teria mais sentido. Mas sei que teria, indubitavelmente, menos valor, saberia a menos, muito menos..
Pensei nas pessoas que ocasionalmente encontro na rua, do “bom dia” rotineiro, da troca de olhares, da agitação diária, do frenesim constante que nos assalta a cada dia por sabermos que amanhã será outro dia, que ainda que vulneráveis ao mistério do amanhã, a cada descoberta, sabemos que há pessoas que estarão sempre presentes, serão sempre recordadas e que sempre farão parte de nós, pela presença ou pela recordação.
Pensei no que já vivi.. A infância e o carinho, a adolescência e o querer viver mais.. Lembrei-me dos colegas de turma... Do quanto fui feliz com muitos deles. A verdade é que ainda hoje falamos, partilhamos experiências, sorrisos, frustrações e sonhos. Não podem ser indiferentes! Não posso deixá-los na indiferença..
E a faculdade? Questionei-me acerca do que tinham sido para mim estes anos de vida académica. Não tive dúvidas de que mais do que 4 anos a estudar, tinham sido 4 anos de muito tudo.. A verdade é que não se resume só ao facto de estar na faculdade, na faculdade pela qual fiz exames nacionais para ingressar, a faculdade pela qual a entrada resultou numa nota, num muito pouco.. Mas agora, representa tão mais.. As noites perdidas na conversa, a “ida para os copos” com os amigos, as festas de economia e académicas, a queima, as pessoas novas que entraram na minha vida, as lições de vida que adquirimos, por erro ou aptência, as aventuras de uma noite e as que duram uma vida inteira, os dias menos bons e o que foi feito para os contornar, os melhores momentos e a forma como são recordados. Fico com a certeza de que muito ficará por contar. Mas o mais importante é pensar que não o vivi sozinha, ainda que muitas das vezes vagueasse pela ilusão, pelo platónico.
Depois veio Erasmus, França por ironia. Mais do que o conflito de mentalidades lutou-se pela substância e a complementaridade de culturas que faziam parte do novo dia-a-dia, das novas atitudes que teríamos para com o outro e para connosco. Vi e experimentei, ri sozinha e acompanhada, chorei algumas vezes, apanhei algumas tosgas ao ponto de ser levada a braços, levei para casa e deitei outros. Há coisas que não conhecem barreiras, uma delas é o lado humano, a compaixão, mesmo quando subsistem no senso-comum. Tive saudades do nosso Portugal, da minha família e amigos, da comida, do quão pacata mas ao mesmo tempo tão feliz e reconfortante pode ser a nossa vida junto das coisas que mais prazer nos dão. Tive saudades de estudar em português, da minha mantinha, das fotos do meu quarto, de olhar da minha janela ao acordar, da taça dos cereais, inclusivé de ver novelas. Mas para compensar conheci pessoas maravilhosas, vivi muito e aprendi ainda mais. Fiz algumas viagens, que não ficarão como algo visitado, mas como cenários experimentados e que condicionaram aquilo a que eu hoje chamo de vida. Sou uma pessoa completamente diferente.. Disso tenho certeza!
Vi muito youtube, nomeadamente “a liga dos últimos”, que sempre propiciaram grandes gargalhadas, “grey’s anatomy”, para combatar a nostalgia das tardes passadas a consumir séries. Não faltaram os m&m’s, ainda que na altura muito mais caros.
Aconteceu muita coisa, alarguei horizontes, passei da consciência ao pisar do risco, passei da negação ao experimentar, identifico a loucura, o viver a 1000...
Sei que vou ter sempre saudades...
Pensei que ainda há muita coisa que gostava de fazer, e que muito disto acontecesse já amanhã. Mas de que adianta isto? Se não houver amanhã? É o termos presente de que ainda temos uma vida pela frente que não nos deixa desistir, que nos conforta e traz felicidade?
Não acredito que seja assim, ou pelo menos não queria que o fosse.. Mas não é assim que, vezes repetidas, pensamos? Não é assim que deixamos que o amanhã conduza o presente?
Então pensei que quero viver ainda muita coisa hoje!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Convite à Loucura...
Someday, i'll be the only one...
(...)
"My day will come,
I know someday I'll be the only one.
My day will come,
I know someday I'll be the only one.
Call me selfish,
call it what you like I think it's right.
To want someone for all your own and not to share their love.
But I'll have my way.
You don't stand a chance anyway.
Cause I got to you,
you don't stand a chance.
You say you want perfection,
I see your self destruction.
You don't know what you want,
it's gonna take you a year to find out.
I am not givin up.
And when you've had enough,
you take your bruised little head
and you'll come running back to me
I know that I will be the only one."
Breathe me...
"Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me
Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me"
Sempre que o amor me quiser....
"Sempre que o amor me quiser
Basta fazer-me um sinal
Soprado na brisa do mar
Ou num raio de sol
Sempre que o amor me quiser
Sei que não vou dizer não
Resta-me ir para onde ele for
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim
Como uma chama que se esquece
Numa fogueira que arde de paixão
Sempre que o amor me quiser
Sei que a razão vai perder
Que me hei de entregar outra vez
Como a primeira vez
Sempre que o amor me quiser
Vou-me banhar nessa luz
Sentir a corrente passar
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim
Como uma chama que se esquece
Numa fogueira que arde de paixão
Sempre que o amor me quiser"
Drive
"Sometimes
I feel the fear of uncertainty stinging clear
And I can't help but ask myself how much
I'll let the fear take the wheel and steer.
It's driven me before, and it seems to have a vague,
Haunting mass appeal.
But lately I'm beginning to find that
I should be the one behind the wheel.
Whatever tomorrow brings I'll be there
With open arms and open eyes, yeah.
Whatever tomorrow brings I'll be there,
I'll be there.
So if I decide to waiver my chance
To be one of the hive
Will I choose water over wine
And hold my own and drive? oh oh oh oooh.
It's driven me before
And it seems to be the way
That everyone else gets around.
But lately I'm beginning to find that
When I drive myself my light is found.
Whatever tomorrow brings I'll be there
With open arms and open eyes, yeah.
Whatever tomorrow brings I'll be there,
I'll be there...
Would you choose water over wine....
Hold the wheel and drive.
With open arms and open eyes, yeah.
Whatever tomorrow brings I'll be there
I'll be there
Dududuuu Dududu Dududududu
Tomorrow Dududududuu
Dududuuu Dududu Dududududu
Tomorrow... "
Elogio à Amizade
obrigada pseudinha do meu coraxone!
mesmo a "quilhometros" de distancia, consegues estar sempre presente; deixas saudade...
ainda que faltem as deprexones conjuntas, continuo a chorar que nem perdida ao ver "os nossos filmes" e a lembrar-me de ti;
faltam as nossas ultimas conversas de msn, as gargalhadas suscitadas pelas mesmas, as idas à cozinha para ir buscar fruta, as conversas sobre os "homes da nossa vida (ou nao)", de nos "prepararmos" para sair ou mesmo para ir domir hehehe
estiveste presente nao so em grande parte dos momentos mais apraziveis da minha vida, como partilhamos algumas lagrimas, alguns momentos menos bons, mas nem mesmo assim deixaste de sorrir, de ter as palavras certas e de dar aquele abracinho que sabe tao bem (que figura o "hugg" do msn)..
obrigada pelos bons momentos!
obrigada pela amizade nos momentos menos bons!
aquela apresentaçao de power point na vespera do exame de ingles, vai ficar para sempre... assim como tu!
obrigada pela tua amizade!
obrigada por fazeres parte da minha vida e por fazeres dela uma vida melhor...
"tu és capaz de ser bem sucedida em tudo o que fazes"... continuas a fazer-me sentir bem! obrigada por acreditares em mim!
gosto-te muito
Facil de entender...
"Talvez por não saber falar de cor, imaginei...
Talvez por saber o que não sera melhor, aproximei..
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nos.
Sei la eu o que queres dizer... despedir-me de ti, adeus.. Um dia voltarei a ser feliz!
Eu ja não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir..
Se por falar, falei, pensei que se falasse era facil de entender.
Talvez por não saber falar de cor, imaginei...
Triste é o virar de costas, o ultimo adeus. Sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar 'pra mim, escutar quem sou... e se ao menos tudo fosse igual a ti....
Eu ja não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir..
Se por falar, falei, pensei que se falasse era facil de entender.
Eu ja não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir..
Se por falar, falei, pensei que se falasse era facil de entender.
é o amor que chega ao fim... um final "assim, assim" é mais facil de entender...
Eu ja não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir..
Se por falar, falei, pensei que se falasse era mais facil de entender... "
Mai 15, 2007
Perdida...
Tento escrever pausadamente o dia d’amanhã.. esforço-me por não dar erros (por vezes são cruciais).. no entanto, o querer viver o mais possível e ao menor tempo/esforço, o querer absorver todos os momentos possíveis leva a que, muitas das vezes, a revisão do que havia sido escrito seja feita no dia a seguir (é tão fácil adiar as coisas, principalmente as que dão trabalho, as que exigem tanto de nós…) e, portanto, os erros ganham enfâse quando os vivemos e não quando corrigidos (por vezes já é tarde)… ai, frustração! Ambicionamos sempre mais do que o nosso imaginário permite, aventuramo-nos para além dos limites da própria ambição.. sonhamos, fazemos tantos planos, travamos lutas desenfreadas contra o tempo, aquele “não” proferido que nos magoa, o tom de voz que nos intimida, o olhar que nos inferioriza, lutamos, muitas vezes, contra nos próprios… e para que? Para onde caminhamos? É isto a felicidade? A verdade é que, por vezes, alcançamos a meta proposta. No entanto, nem sempre nos sentimos vencedores mas desfocados no cenário experimentado.. uma névoa de medo, traição, dor (ui, tanta coisa) surge e fortalece-se exponencialmente.. fechamos os olhos para que tudo passe, mas esta teima em não desaparecer.. … abrimos os olhos e afinal tudo não passa de um esboço! Estou confusa... Estaremos incluídos nele? E porque não viver o momento, aceitar que também somos capazes? Saí naquela manhã tão comprometedora e nunca mais voltei.. sinto-me vazia, derrotada.. agora que penso, como posso julgar os outros pelo facto de lhes ser estranha se eu também me desconheço? Às vezes prefiro acreditar que a vida é irónica e injusta acidentalmente, que nós podemos contornar as circunstâncias e enfrentá-la.. A noite cai e eu permaneço.. o meu coração retrai-se! Tenho medo! fujo para parte incerta na busca da luz do teu olhar.. a esperança encaminha-me, só ela me vale.. no fim, abandona-me (deveria estar preparada? Será que a desilusão se tornou demasiado previsível?). Lança-me para o abismo. caio, choro.. procuro-te em cada lágrima, não te encontro! esforço-me por te alcançar, mas não consigo.. pareces tão distante..
VIDA: pressuposto adquirido..
O tempo é uma força inalteravel que condiciona os passos da Humanidade.. Ninguém tem a devida primazia para exercer controlo sobre o mesmo e, por isso, o comboio parte, muitas vezes, vazio...
Muitas pessoas vêem-se privadas de seguir um rumo. Apesar da vida ser concedida a todos de igual modo, a verdade e que se assiste ao emergir de um mundo paralelo, onde o Homem não é aquele cujo dom de viver lhe foi concedido, mas o rico e o pobre, o desconhecido e o que se faz notar, o que vive e o que não consegue viver. No entanto, aqueles que nele viajam são obrigados a delinear o seu percurso, em similitude com os seus objectivos e convicções para que no fim, na estação certa, vejam o cumprir da sua missão.
A medida que o tempo avança, também o comboio percorre diferentes cenarios, verifica inumeras paragens. Numas saem pessoas, que vêem no infinito o fim d'um inicio ja vivido; outras entram porque acreditam que não faz sentido falar em fim, independentemente dos obstaculos que teimam em persistir, das adversidades constantes, do desvanecer de um sonho...
Na vida, por vezes o caminho a seguir é sinuoso e os degraus nem sempre são consistentes, mas isso não nos torna incapazes.. somente torna mais ardua a nossa tarefa enquanto vencedores!
Para todos os convivas do CF1000 (lamego), um abraço com saudades....
O lado controverso do paradoxo...
Criam-se estruturas solidas de sentimentos verdadeiros, reciprocos, mas continua-se a ver o escoar de momentos de luta, empenho e determinação pelo infinito. Proferem-se manifestações ingénuas de vontade relativamente ao dar uma oportunidade ao vazio, ao triste, ao incolor, ao marginalizado mas, ao mesmo tempo, impõe-se restrições que quase inviabilizam o concretizar destas.... aprovou-se o espirito critico e a vida em democracia, mas o nosso pensar e poder reivindicativo são frequentemente agredidos.. criam-se ilusões quanto ao facto de sermos possiveis soluções para os problemas que teimam em não findar, que seremos o esqueleto de um futuro proximo e depois vemos abolidos todos os degraus que direccionavam as nossas aspirações. A taxa de natalidade tem verificado uma evolução precaria, mas fecham-se maternidades; a desertificação do interior é alarmante, mas continua-se a desenvolver o litoral.. criam-se oportunidades nas grandes cidades, fecham-se portas nas pequenas; canalizam-se recursos para o projecto TGV, mas cortam-se troços ferroviarios por falta de verbas impreteriveis ao seu melhoramento; comercializam o acto de separação do lixo ("separar toca a todos") mas continuam a faltar os ecopontos.. Nos PD falam-se em tematicas ornamentadas pelas novas tecnologias, pelo evoluir da sociedade, do homem.. questiona-se a eutanasia, o aborto, enquanto que nos PVD, a pobreza continua a ser mortifera.. em algumas regiões em vias de desenvolvimento vive-se com menos de um dolar por dia e o sarampo, facilmente combatido nas regiões desenvolvidas, mata diariamente inumeros inocentes.
Como posso continuar a caminhada se não ha caminho?!
Solta as amarras e busca a felicidade...
"Mais do que a um pais, que a uma familia ou geração, mais do que a um passado, a uma historia ou tradição.. tu pertences a ti! não és de ninguém. Mais do que a um patrão, que a uma rotina ou profissão, mais do que a um partido, que a uma equipa ou religião..tu pertences a ti! não és de ninguém. Vive selvagem, e para ti seras alguém nesta viagem.
Quando alguém nasce, nasce selvagem.. não é de ninguém!"